A Escola Municipal Ferreira Itajubá conta em sua história 45 anos de vida construindo saberes e teve sua origem ainda no governo de Djalma Maranhão quando estabeleceu a Campanha “De Pé no Chão Também se Aprende a Ler”.
Toda conquista é fruto de uma grande luta provocada por uma necessidade maior. Estamos falando dessa Campanha “De Pé no Chão Também se Aprende a Ler”. Quando uma denúncia mostrou que a população havia crescido quatro vezes mais e que a educação primária passara por um verdadeiro colapso.
O índice de analfabetismo, de acordo com o censo da época revelara a existência de 35.810 crianças e 24.444 adultos analfabetos.
Foi aí que o Prefeito Djalma Maranhão em 1961 percebeu o apelo da expressão e adotou-a para a Campanha Municipal de Erradicação do Analfabetismo: “Ter os pés no chão significava conhecer a realidade e a dimensão do seu desafio”.
O período de 1961 a 1964 foi vivido sob um clima emocional muito grande quando a campanha procurou ganhar a cidade, mobilizando a opinião pública a partir das Rocas, um dos primeiros bairros da cidade do Natal. O Prefeito Djalma Maranhão ainda grifava mais a assertiva quando em diversas oportunidades dizia que: “A inteligência está no cérebro e não nos pés...”.

Figura 1: De pé no chão também se aprende a ler.....
Figura 2: Galpões cobertos com palhas e chão batido - Acampamento Escolar.
Figura 3: Galpões divididos em forma retangular - Acampamento Escolar.

Um Acampamento Escolar era integrado a vários galpões de 30mx8m. Nesse conjunto havia sempre um galpão circular destinado às festividades do bairro, às reuniões do círculo de pais e professores, à recreação infantil e funcionava como uma espécie de teatro de arena para exibições de autos folclóricos. Também havia hortas, aviários e parque de recreação com seus horários regulados liturgicamente através de um sino de bronze e ecologicamente harmonizado com os largos espaços abertos da pequena cidade e com a pobreza de seus moradores a quem servia.

Figuras: 4, 5, 6: De pé no chão também se aprende uma profissão. Na busca de qualificação para o trabalho quem sabe fazer alguma coisa ensino aos outros.


A Campanha de Pé no Chão também se Aprende a Ler usava a merenda, a horta, o aviário e a recreação como fatores de neutralização da evasão escolar, tendo em vista que alimentação e recreação faziam parte de seu currículo. Eles consumiam o que produziam e eram estimulados a ter cuidados com as hortaliças e as aves. Dessa forma despertava no educando a produtividade, demonstrando que as comunidades precisavam se organizar na luta contra o pauperismo e a alienação da realidade.
Figuras 7, 8 e 9:
Uma escola alegre, sem repressão, e merenda escolar: dois fatores de combate à evasão. Fonte: GÓES de Moacyr. De Pé no Chão Também Se Aprende a Ler (1961 – 1964)-
Uma Escola Democrática. Educação e transformação
Um comentário:
Excelente resgate histórico!
Algo a acrescentar: uma fotogarfia de nossa escola nesssa época.
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